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Professor, a sua resistência a IA vai fazer você perder o seu lugar

  • Foto do escritor: Eduardo Ferro dos Santos
    Eduardo Ferro dos Santos
  • 5 de jun.
  • 2 min de leitura
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A Inteligência Artificial já se consolidou como uma aliada estratégica em todos os níveis educacionais. Plataformas como ChatGPT, Grammarly, Khan Academy e ferramentas integradas ao Google Workspace e/ou Microsoft Copilot estão sendo utilizadas diariamente, muitas vezes de forma mais intensa do que qualquer recurso escolar tradicional. No entanto, o mais surpreendente não é o avanço acelerado da IA, e sim a lentidão, ou até resistência, de muitos professores quanto ao seu uso.


Enquanto alguns educadores já exploram novas possibilidades, reinventam suas aulas, otimizam seu tempo e ampliam seu impacto com o apoio da IA, outros seguem paralisados em um discurso de negação e medo: “A IA vai acabar com a educação”, “Os alunos não vão mais aprender”, “Isso é errado”.


Mas a verdade, embora desconfortável, é inegável: 


“Professores que não aprenderem a usar a IA com intencionalidade vão perder sua relevância”.

Enquanto isso, muitos professores continuam:


  • Gastando horas com tarefas que a IA pode automatizar, como elaboração de materiais, avaliações e correções.

  • Repetindo metodologias expositivas, enquanto os alunos aprendem por vídeos, simulações, microlearning e tutores inteligentes.

  • Desconectados da linguagem digital dos alunos, perdendo protagonismo no processo formativo.


Yeomans et al. (2024), conduziu um estudo com mais de mil alunos de graduação e constatou que quase 90% deles utilizam ferramentas de IA generativa em alguma medida para apoiar seus estudos. Dentre os usos mais comuns estão a organização de ideias, simulações de tutoria, explicações rápidas e auxílio na redação de textos. Ou seja, os alunos já aprenderam a usar IA como uma extensão de suas capacidades cognitivas. O professor que ignora esse fato, simplesmente deixa de dialogar com a realidade do seu público.


Holmes et al. (2022) no relatório da UNESCO sobre IA na educação cita: “O papel do professor não está sendo eliminado, mas transformado, e essa transformação exige desenvolvimento de novas competências digitais, éticas e pedagógicas.”


Não se trata de virar refém da tecnologia. A IA não veio para substituir o professor, mas para libertá-lo do que é repetitivo e burocrático. Quando bem utilizada, a IA potencializa o feedback formativo, personaliza trajetórias de aprendizagem, sugere planos de aula dinâmicos e até contribui para inclusão e acessibilidade.


Luckin (2021), uma das maiores especialistas em IA na educação cita:  “A inteligência artificial pode fazer mais pelo professor do que qualquer outro avanço tecnológico dos últimos cinquenta anos, mas apenas se o professor se permitir fazer mais com ela.”


A escolha é clara: ou o professor usar a IA a favor da educação, ou deixa que a educação aconteça sem ele.

Referências:


  • Holmes, W., Bialik, M., Fadel, C. (2022). Artificial Intelligence in Education: Promises and Implications for Teaching and Learning. Center for Curriculum Redesign.

  • Luckin, R. (2021). Machine Learning and Human Intelligence: The Future of Education for the 21st Century. UCL Institute of Education Press.

  • Yeomans, M., Shah, A., Gillani, N., & Reich, J. (2024). How college students are using generative AI: Evidence from a large-scale survey. arXiv.




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